Belo Horizonte, Brasil.
Em coautoria com Bruno Campos, Marcelo Fontes e Sílvio Todeschi (BCMF) e Marcelo Rosenbaum (Rosenbaum®); imagens por Figura
Belo Horizonte, Brasil.
Em coautoria com Bruno Campos, Marcelo Fontes e Sílvio Todeschi (BCMF) e Marcelo Rosenbaum (Rosenbaum®); imagens por Figura
Mercado – Jardim
O Mercado Central de Belo Horizonte é um espaço de característica pública, ainda que de propriedade particular. Os lojistas, proprietários do edifício, planejam uma expansão visando prioritariamente a ampliação vertical dos estacionamentos, e para isso convidam 5 escritórios de arquitetura para um concurso fechado de projetos.
Em nossa proposta, resultado do trabalho conjunto de 3 escritórios consorciados, buscamos uma contribuição para a cidade que estivesse além das vantagens privadas obtidas com o programa previsto (espaços administrativos, centro de convenções e, principalmente, mais estacionamentos).
A partir da análise do histórico das transformações urbanas de Belo Horizonte, em especial de sua área central, percebe-se a contínua supressão de espaços verdes, com destaque para o Parque Municipal, cuja área representa hoje apenas um terço da original. Em vista disso, propusemos a criação de uma grande praça sobre a nova edificação, com área total que supera 1 hectare, ou seja, mais de 10.000 metros quadrados destinados ao plantio de aproximadamente 400 árvores.
Como se cada lojista associado doasse uma árvore para a cidade – fato simbólico de um compromisso do Mercado com Belo Horizonte.
A intervenção arquitetônica é proposta de modo a consolidar o conjunto arquitetônico como mercado central, a partir de sua iconografia própria. Para isso são adotados elementos característicos da arquitetura existente, a qual será integralmente preservada.
O projeto prevê, por um lado, a manutenção integral da volumetria externa e da espacialidade interna ao edifício e, por outro, recria no terraço a configuração dos tempos primordiais do Mercado, quando as circulações se faziam a céu aberto.
Contrariando nossas expectativas, a escolha do projeto vencedor privilegia a máxima ocupação possível das lajes com estacionamentos, incluindo a laje de cobertura.